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(Helio Schwartsman, Folha de S.Paulo 07/04/2017)

O ataque deslanchado por Donald Trump contra um alvo militar sírio parece mais uma operação de marketing do que o início de uma ação consistente destinada a pôr um fim à guerra civil na Síria.

Ao disparar mísseis contra a base aérea de al-Shayrat, de onde supostamente o governo sírio lançou o ataque com armas químicas, Trump pode dizer que, ao contrário de Obama, agiu contra o sanguinário ditador sírio que mata “lindos bebês” e sinalizou que os EUA não tolerarão violações ao tabu contra a utilização de agentes químicos. É pouco provável, porém, que Trump esteja disposto a envolver mais profundamente os EUA em outra aventura no Oriente Médio.

A espécie humana é meio esquisita. A guerra síria já consumiu cerca de 500 mil vidas, a esmagadora maioria dos óbitos produzidos por balas e bombas convencionais, mas são os poucos milhares de mortes provocadas por agentes químicos que geram a maior reação.

Por quê? Por algum motivo escondido nas profundezas de nossos neurônios, associamos o envenenamento deliberado à traição e o julgamos moralmente mais reprovável do que outras formas de matar

Categories: Atualidades

1 Comment

Um comentarista do WordPress · 24 de junho de 2018 at 18:26

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